A sensação à distância é de que o
senador Renan Calheiros (MDB-AL) tem ´sete vidas´ na política brasileira,
tamanha é a intensidade da artilharia em sua direção, as ´trapalhadas´ que se
envolveu ao longo dos mandatos que exerce há anos em Brasília, bem como o
´rosário´ de denúncias que coleciona, dignas de macular qualquer biografia.
A sua reeleição no passado foi meritória, na perspectiva do desgaste
exponencial de sua imagem perante a opinião pública nacional.
Com desmedida ousadia e obstinação, Renan busca hoje voltar à
presidência do Senado. Se triunfar, estabelecerá um contraponto significativo
de poder ao governo Bolsonaro numa quadra política marcada pela renovação (pelo
menos) de nomes e sobrenomes no painel do Senado.
Igualmente, Renan poderá assumir na plenitude as rédeas do que restou do
MDB, uma legenda que nos dias atuais sobrevive por força de ´caciques´
regionais e à sombra do peso que já ostentou no cenário nacional.
Com uma maioria acanhada – 7 votos a 5 -, Renan ganhou ontem a prévia na
bancada para ser o candidato oficial a presidente do Senado e tentar o 5º
mandato para o cargo.