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Corregedoria-Geral de Justiça da Paraíba tem um prazo de 60 dias para apurar
denúncias feitas por um empresário de que o magistrado Aluízio Bezerra Filho,
da 6ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de João Pessoa, favorecia o
ex-governador Ricardo Coutinho (PSB). A determinação foi do corregedor nacional
de Justiça, ministro Humberto Martins.
Na reclamação
disciplinar, que chegou ao conhecimento do ministro Humberto Martins no último
dia 12 de fevereiro, o empresário sustenta que o magistrado tem praticado condutas
irregulares, contrárias ao exercício ético disciplinar da magistratura, que
merecem uma apuração minuciosa.
A investigação será
feita em função da veiculação, pela imprensa, de áudios
que apontam o nome de Aluízio Bezerra como sendo um juiz que atuava para
beneficiar o governo da Paraíba na gestão de Ricardo Coutinho.
O denunciante destacou
ainda que já foi realizada uma apuração anterior em nome do mesmo juiz,
analisada pela Corregedoria Nacional de Justiça, e que, à época, não possuía
maiores elementos que sustentasse as suspeitas levantadas.
Em sua decisão,
publicada na sexta-feira (22), o corregedor do CNJ afirmou ser necessária a
apuração de eventual violação dos deveres funcionais do magistrado,
considerando-se o teor da representação.
Diante da necessidade de
esclarecimento dos fatos, o ministro Martins determinou que fossem
encaminhados, imediatamente, os autos à Corregedoria do TJ local para apuração
e comunicação do resultado à Corregedoria Nacional.
O juiz Aluízio Bezerra
Filho afirmou que não vai se posicionar sobre o assunto.