Saiu mais uma condenação para
o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, nesta quarta-feira (6). Dessa vez,
Lula foi condenado a 12 anos e 11 meses por corrupção e lavagem de
dinheiro, no processo da Lava Jato que apura se ele recebeu propina por meio da
reforma de um sítio em Atibaia (SP). A defesa dele nega as acusações.
Segundo o G1, a sentença da juíza substituta Gabriela Hardt, da
primeira instância, é a segunda que condena Lula na Operação Lava Jato no
Paraná. Cabe recurso. Outras doze pessoas foram denunciadas no processo.
O ex-presidente está
preso em Curitiba deste abril de 2018, cumprindo a pena de 12 anos e 1 mês
determinada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), na primeira
condenação dele na segunda instância pela Lava Jato.
A
denúncia
Conforme o Ministério
Público Federal (MPF), o ex-presidente Lula recebeu propina do Grupo Schain, de
José Carlos Bumlai, da OAS a da Odebrecht por meio da reforma e decoração no
sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), que frequentava com a família. Outras 12
pessoas foram denunciadas no processo.
A acusação trata do
pagamento de propina de pelo menos R$ 128 milhões pela Odebrecht e de outros R$
27 milhões por parte da OAS.
Para os procuradores,
parte desse dinheiro foi usado para adequar o sítio às necessidades de Lula.
Segundo a denúncia, as melhorias na propriedade totalizaram R$ 1,02 milhão.
O MPF afirma que a
Odebrecht e a OAS custearam R$ 850 mil em reformas na propriedade. Já Bumlai
fez o repasse de propina ao ex-presidente no valor de R$ 150 mil, ainda
conforme o MPF.
Segundo o MPF, Lula
ajudou as empreiteiras ao manter nos cargos os ex-executivos da Petrobras
Renato Duque, Paulo Roberto Costa, Jorge Zelada, Nestor Cerveró e Pedro
Barusco, que comandaram boa parte dos esquemas fraudulentos entre empreiteiras
e a estatal, descobertos pela Lava Jato.
Outra
condenação
O ex-presidente já
havia sido condenado a nove anos e seis meses de prisão, na primeira instância
da Lava Jato, pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro, em
julho de 2018, no processo referente ao triplex de Guarujá (SP).
Em 24 de janeiro, por
unanimidade, a 8ª Turma do TRF4 manteve a condenação e aumentou a pena de
prisão do ex-presidente de 9 para 12 anos e 1 mês. Ele recorreu e, com todos os
recursos esgotados, começou a cumprir a pena em abril de 2018.
Desde então, o
petista está preso uma sala especial na PF, na capital paranaense.