O Dia Nacional de Luta na
Paraíba contará com protestos dos bancários nesta sexta-feira (15) em um ato em
frente à Agência da Caixa Econômica localizada na Av. Epitácio Pessoa. A
mobilização é nacional. Segundo o tema do evento, a nova gestão do banco
estaria articulando a privatização da instituição por etapas através de vendas
de setores lucrativos como seguros, cartões, assets e loterias.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcelo
Alves, a mobilização em torno dessa luta é a única forma de impedir o processo
de privatizações. “Além do desrespeito aos trabalhadores, o atual gestor da
Caixa demonstra que não conhece o papel público e o impacto que a empresa tem
para o desenvolvimento do país. Iremos mostrar que o projeto que eles defendem
não soluciona em nada, muito pelo contrário, agrava ainda mais a situação de
crise em que o país passa. É por isso que estaremos realizando o Dia Nacional
de Luta em Defesa da Caixa, em defesa da Caixa 100% pública, contra a venda das
áreas mais lucrativas do banco, na defesa do seu papel social, contra as
manobras que reduzem o lucro da Caixa, por mais reconhecimento ao trabalho, por
mais empregados já e pelo fim do assédio moral na empresa”, ressaltou.
Na última semana a imprensa noticiou que, a pedido de Pedro
Guimarães, o banco deve fazer uma provisão de aproximadamente R$ 7 bilhões para
cobrir perdas esperadas com calotes na carteira de financiamento imobiliário e
a desvalorização de imóveis retomados pelo banco. Foi solicitada uma
reunião com o banco para esclarecer as mudanças que estão sendo feitas. Mas, o
banco se recusou a passar tais informações e esclarecimentos às entidades de
representação dos empregados.
Para Dionísio Reis, coordenador da Comissão de Organização dos
Empregados (COE) da Caixa, a inadimplência na Caixa é mais baixa que a dos
demais bancos. Um provisionamento tão grande assim não é necessário. “Tal
provisionamento reduz sobremaneira o valor que o banco teria que pagar a título
de participação nos Lucros ou Resultados (PLR) aos empregados, que deram duro e
conseguiram superar as metas estipuladas pelo banco. A nova direção da Caixa,
no entanto, não quer reconhecer o esforço dos seus empregados.”