O
Governo do Estado, por meio da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e
Regularização Fundiária (EMPAER), em parceria com o Banco do Nordeste e a
Indústria de Polpas de Frutas Ideal vai executar o Projeto de Pesquisa e
Inovação sobre a Indução Floral da Cajazeira e do Umbuzeiro no Semiárido
Paraibano.
O
objetivo do projeto é avaliar o efeito de reguladores vegetais, de aplicação
foliar e no solo, e a eficiência no manejo da floração, permitindo a produção
de frutos em qualquer época do ano.
O
projeto será desenvolvido na fazenda Pernambuca, em São Mamede e na Estação
Experimental José Irineu Cabral, em João Pessoa. De acordo com a pesquisadora e
coordenadora do projeto, Christiane Cassimiro, serão instalados dois
experimentos com mudas de cajá e umbu enxertadas e consorciadas com palma
forrageira, irrigadas por gotejamento.
Segundo
o diretor de Pesquisa da Empaer, Manoel Duré, a fruticultura é uma atividade de
grande importância para o agronegócio, gerando renda e desenvolvimento social.
E, por ser um projeto inovador, busca antecipar e prolongar a sazonalidade do
umbuzeiro e da cajazeira, gerando renda e contribuindo para transição do
extrativismo atual para um sistema de produção tecnificado.
No
Nordeste, apesar das restrições, a atividade também se destaca econômica e
socialmente em diversas áreas. A área produtora de cajá abrange oito
microrregiões do Agreste e do Litoral paraibano. Já a produção de umbu integra
40 municípios do Cariri Ocidental, do Cariri Oriental, do Curimataú Ocidental e
do Seridó Ocidental, segundo Dados de 2015 do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE).
Para
a pesquisadora Christiane Cassimiro, estudos utilizando a indução floral na
cajazeira e no umbuzeiro, são incipientes, entretanto, os resultados da
pesquisa poderão garantir estratégias de comercialização de frutos para
períodos favoráveis de mercado econômico. Esperando, a partir desse
experimento, gerar conhecimento científico e tecnológico inovador,
imprescindível para a viabilização da cadeia produtiva do cajá e do umbu, hoje
explorados de forma extrativista.
Para
o presidente da Empaer e da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de
Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), Nivaldo Magalhães, o Governo do
Estado tem somado esforços para beneficiar o maior número possível de pessoas
da agricultura familiar. “A inovação desse projeto é um avanço tecnológico
expressivo que envolve o esforço do Governo do Estado em desenvolver a
agricultura familiar inserindo novos agricultores no processo de desenvolvimento
econômico, com geração de postos de trabalho e renda”, observou.
Ainda sobre o projeto
O
projeto terá a vigência de cinco anos e recursos da ordem de R$ 160 mil
provenientes do Fundo de Desenvolvimento Econômico, Científico, Tecnológico e
Inovação BNB/FUNDECI.