A poluição do meio ambiente com materiais descartáveis de plástico é uma
das principais preocupações dos ambientalistas na atualidade. A fim de
substituí-lo e revolucionar a arquitetura e a engenharia civil, o pesquisador
do Leonaldo Alves de Andrade, do Centro de Ciências Agrárias (CCS) da UFPB, em
Areia, no Brejo paraibano, testará mais de 50 mudas de 18 espécies de bambu.
“A partir do bambu, é possível produzir bens e serviços
ambientalmente sustentáveis, desde os mais simples
até os industriais, a exemplo dos utensílios domésticos. Estamos
estudando formas de tratar o bambu para que tenham durabilidade. Hoje, já
é possível ver construções feitas a partir da planta”, conta o pesquisador.
Segundo o especialista, o bambu é um produto renovável, com alta
taxa de crescimento e com a possibilidade de ser produzido sem grandes riscos
ambientais. A ideia é testar a adaptação e desempenho da planta na
região e integrá-la à cadeia produtiva.
“É uma alternativa de renda e de capitalização para os agricultores,
porque é pouco exigente, é muito produtiva e com perspectiva de mercado em
função da necessidade de produtos sustentáveis e não poluentes”.
As mudas que serão plantadas em 60 dias vieram de três
fazendas do interior de São Paulo. Foram viabilizadas pelo
pesquisador Moisés Medeiros Pinto, líder da Rede Paulista do
Bambu (REBASP) e membro do Conselho Consultivo da Rede Brasileira do
Bambu (RBB).
Leonaldo Alves de Andrade explica que elas ainda não
foram cultivadas porque são pequenas. “Estamos esperando que
cresçam para poder plantá-las em uma área experimental”.