Do 1,5 milhão de paraibanos empregados no estado, 28,1% estão
trabalhando sem carteira de trabalho assinada. Os dados são da Síntese de
Indicadores Sociais (SIS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) nessa quarta-feira (6).
O documento é resultado da análise das condições de vida da população
brasileira em 2018, tendo em vista aspectos como mercado de trabalho e
estrutura econômica; distribuição de renda e padrão de vida; e educação. O
estudo é baseado, principalmente, em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (PNADC), de 2012 a 2018.
Conforme o estudo,a taxa de trabalhadores empregados sem carteira
assinada é a quarta maior proporção do país, atrás apenas do Tocantins, com
31,7%; do Ceará, com 29,5% e da Bahia, com 28,2%.
Além disso, aproximadamente 23,1% do total estão empregados com carteira
assinada; 10,4% são militares ou funcionários públicos estatutários; 29,7%
trabalham por conta própria e 3,1% são empregadores. Já a taxa de desocupação
no estado é de 10,3%, a segunda menor do Nordeste.
Com relação às pessoas de 14 anos de idade ou mais, a taxa de
desocupação no estado está abaixo da média da região Nordeste (de 14,5%) e da
nacional (de 12%). Apesar disso, esse é o maior indicador registrado desde
2012, exceto em relação ao ano de 2016, quando a taxa foi de 10,9%.
Sem estudo e sem trabalho
A pesquisa também mostrou que cerca de 26% dos paraibanos de 15 a 29
anos de idade não estudam e não trabalham, o menor percentual entre os estados
do Nordeste, sendo que essa proporção representa cerca de 246 mil pessoas.
Ainda na faixa etária de 15 a 29 anos, 32,7% só estudam; 30% só estão ocupados;
e 11,2% estudam e estão ocupados.
Dos que não estudam e não trabalham, 74,6% estão fora da força de
trabalho, ou seja, não procuraram uma ocupação ou não estavam disponíveis para
assumir um emprego no período pesquisado. Foi registrada uma alta nessa taxa em
relação ao ano de 2017, quando o percentual foi de 71,7%.
Ainda em relação à idade, o levantamento verificou que cerca de 40% das
pessoas de 14 anos ou mais, que estavam ocupadas na semana pesquisada,
começaram a trabalhar cedo, até os 14 anos de idade.
Portal Correio