O ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), já está preso. Ele
desembarcou na noite desta quinta-feira (19), no Aeroporto Internacional de
Natal, Rio Grande do Norte, por volta das 22h. De lá, seguiu para a Paraíba
acompanhado por policiais federais, diretamente para a sede do órgão, em
Cabedelo, na Grande João Pessoa.
Ricardo Coutinho estava na Europa e retornou ao Brasil em um voo da
empresa TAP com rota de decolagem de Lisboa, Portugal. O socialista foi um dos
alvos da sétima fase da Operação Calvário, batizada como ‘Juízo Final’,
deflagrada na terça-feira (17). Ele teve mandado de prisão expedido
pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida.
O ex-governador é acusado de chefiar uma organização criminosa
responsável por desviar dinheiro público da Saúde e da Educação, gerando
prejuízo superior a R$ 1 bilhão. Segundo o Ministério Público, Ricardo Coutinho teria lucrado, sozinho, por meio de propinas,
R$ 30 milhões, ao longo de cinco anos na gestão como governador. O
dinheiro seria repassado por Daniel Gomes, então chefe da Cruz Vermelha
do Brasil, organização social que gerenciava hospitais no estado.
Advogados de Ricardo Coutinho chegaram a ingressar com um pedido de habeas corpus junto ao Superior Tribunal de
Justiça (STJ),
em segredo de justiça. Até o momento não existe informação se o pedido foi
aceito por algum ministro.
O argumento da defesa, é que os fatos listados na decisão do
desembargador Ricardo Vital, relator do processo no Tribunal de Justiça da
Paraíba, não são suficientes para justificar a prisão preventiva. E para isso,
levanta uma série de pontos, como por exemplo, que a questão da garantia da
ordem pública não se justifica, pelo fato de Ricardo não ter mais relações com
o Governo do Estado, destacando o rompimento entre ele e o governador João
Azevêdo (sem partido).
Portal Correio