Uma
pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Cardiologia Regional Paraíba aponta
que quase um terço da população paraibana tem alto risco de desenvolver doenças
cardiovasculares. Conforme o estudo, 32% dos paraibanos entrevistados possuem
grandes chances de apresentarem problemas no coração. Estão representados na
pesquisa 186 municípios paraibanos.
O levantamento,
coordenado pelo médico cardiologista Antonio Eduardo Monteiro de Almeida,
indica que outros 35,3% possuem risco intermediário e 32,7% apresentam risco
baixo de algum problema cardíaco. As informações foram coletadas em quatro
mesorregiões do estado: Agreste, Borborema, Mata e Sertão.
O levantamento registrou
características sociais e comportamentais, fatores biológicos e hábitos
nutricionais dos participantes. Na primeira fase, que se concentrou na
aplicação de questionários, participaram cerca de 2.170 pessoas. Já na segunda
etapa, aproximadamente 1.400 pessoas foram submetidas a exames clínicos.
A pesquisa também indica
que o sedentarismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento de
doenças cardiovasculares entre paraibanos. Conforme o estudo, 65,6% dos
entrevistados possuem maior probabilidade de apresentarem problemas no coração
por não praticarem atividades físicas.
Entre as principais
causas de problemas cardíacos também estão o histórico familiar, o tabagismo, o
alto nível de colesterol ruim no sangue, obesidade, alterações da pressão
arterial e doenças como a diabetes. "Na Paraíba, quando pegamos alguns
resultados de pesquisas de outros estados (em relação à obesidade), estão bem
mais abaixo, e aqui os números estão bem mais elevados", explica o
cardiologista Antônio Almeida.
G1