Os dados do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) que mostram o perfil do eleitorado paraibano que vai
às urnas no próximo dia 15 de novembro revelam uma realidade ainda preocupante.
O índice de analfabetismo e de pessoas com pouco grau de instrução ainda é
muito elevado no Estado. É maior, inclusive, que a média nacional.
Dos mais de 2,9 milhões de eleitores aptos a votar no Estado,
7,3% são analfabetos e 15,2% apenas ‘lê e escreve’. A maior fatia do eleitorado
paraibano – 24,6% – é composta por pessoas com o ensino fundamental incompleto
e somente 8,5% dos eleitores possuem algum tipo de graduação concluída. No
Brasil, o índice de analfabetismo do eleitorado é de 4,4%.
Em Campina Grande, o
perfil do eleitorado, nesse quesito, é diferente. A cidade terá este ano pouco
mais de 285 mil eleitores aptos a votar. Deles, 2,9% são analfabetos e 8,1%
somente ‘lê e escreve’, conforme os dados do TSE.
No município, que é conhecido como polo de ciência e tecnologia,
a maior parte do eleitorado é formada por pessoas com o ensino médio completo
(26,6%). O índice de eleitores com formação superior completa também é mais
elevado que na Paraíba: 12,5%.
Análise
Fazer boas escolhas, claro, é uma prática que não
necessariamente está ligada, diretamente, ao grau de instrução das pessoas. Mas
é evidente que o acesso ao conhecimento, no caso de um processo democrático,
torna o cidadão mais preparado para analisar de forma crítica as propostas e
alternativas que lhe são apresentadas.
Os números do TSE indicam que ainda estamos longe de um nível de
instrução do eleitorado, pelo menos, razoável. Se quisermos melhorar nossas
escolhas, para os próximos pleitos, não há outro caminho: precisamos investir e
melhorar a educação de nossos eleitores. Sem isso, continuaremos amargando más escolhas.